ALTEROU NO BATALHÃO DE GUARDA - Tratados de forma desumana, Policias Militares solicitam presença da APEAM após incêndio.

Foto: Asscom APEAM

Manaus/AM - Na tarde desta quinta-feira (21), o presidente da Associação dos Praças do Estado do Amazonas (APEAM), Soldado Gerson Feitosa, foi informado que havia acontecido um princípio de incêndio no Núcleo de Implantação do Presídio da PMAM (NIPPM), conhecido como Batalhão de Guarda, localizado no bairro Monte das Oliveiras, na Zona Norte de Manaus.

Devido o fogo que se alastrou rapidamente nos compartimentos do NIPPM, os Policiais Militares tiveram que quebrar as janelas para evacuação, pois as "celas" estavam trancadas com cadeados. O motivo do incêndio ainda é desconhecido. No entanto, o que chamou atenção além do fogo foi a precariedade do local onde os PM´s permanecem durante todo o dia. Lixo, camas quebradas, ausência de colchões, superlotação das carceragens, interrupção no fornecimento de energia elétrica, alimentação insuficiente e de péssima qualidade são alguns dos problemas encontrados.

 

Os Policiais denunciaram que o novo comandante do local, o Capitão PM R.Castro resolveu cessar o direitos de receberem visitas em pleno feriado de Tiradentes - data comemorativa das Polícias Militar e Civil -, e suspendeu também o banho de sol, momento em que tem acesso a área externa do local. 

Segundo o Presidente da APEAM todos os fatores externos e internos colaboraram para a indignação total dos PM's que se manifestaram em prol de melhorias.  "As condições do local são 'sub-humanas'. Percebemos uma mobilização na tentativa de achar culpados, mas nenhuma movimentação para ofertar dignidade aos policiais militares", comentou Gerson. 

O presidente da APEAM ainda acionou o advogado platonista da Assessoria Jurídica, Dr. Newton Galileu (OAB/AM 8.420) e o Presidente da Comissão de Direito Militar da OAB/AM, Dr. Julio Cesar Corrêa para intervirem em favor dos direitos dos militares. Compareceram também ao local representantes da Comissão de Prerrogativa e a Procuradoria da OAB/AM.

Houve uma soma de esforços para apaziguar o tumulto, já que o Diretor da Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD), Ten Cel PM Hidelberto Barros, queria flagrantear alguns policiais sem apurar o caso. O dialogo entre os representantes das Associações de Classe, Comissões da OAB/AM e advogados com o Subcomandante-Geral da PM, Cel. Rubens de Sá, convergiram para o entendimento de que deveria ser liberado a visita pelos familiares e que a motivação do incêndio deveria ser apurado posteriormente. "a normalidade foi restabelecida, a legalidade foi garantida e nenhum policial será pré-julgado", analisou o Dr. Julio Cesar.

AssCom APEAM